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segunda-feira, 5 de março de 2012

Atenção

Mais matéria da revolução russa aperte  aki 

Revolução Russa

Queda da monarquia, Revolução de 1917, Bolcheviques no poder, socialismo, comunismo, Lênin,
consolidação da revolução, formação da URSS, economia e administração, resumo


O czar Nicolau II: absolutismo na Rússia pré-revolução

Introdução

No começo do século XX, a Rússia era um país de economia atrasada e dependente da agricultura, pois 80% de sua economia estava concentrada no campo (produção de gêneros agrícolas).

Rússia Czarista

Os trabalhadores rurais viviam em extrema miséria e pobreza, pagando altos impostos para manter a base do sistema czarista de Nicolau II. O czar governava a Rússia de forma absolutista, ou seja, concentrava poderes em suas mãos não abrindo espaço para a democracia. Mesmo os trabalhadores urbanos, que desfrutavam os poucos empregos da fraca indústria russa, viviam descontentes com os governo do czar.

No ano de 1905, Nicolau II mostra a cara violenta e repressiva de seu governo. No conhecido Domingo Sangrento, manda seu exército fuzilar milhares de manifestantes. Marinheiros do encouraçado Potenkim também foram reprimidos pelo czar.

Começava então a formação dos sovietes (organização de trabalhadores russos) sob a liderança de Lênin. Os bolcheviques começavam a preparar a revolução socialista na Rússia e a queda da monarquia.

Lênin fala aos revolucionários em 1917

A Rússia na Primeira Guerra Mundial

Faltava alimentos na Rússia czarista, empregos para os trabalhadores, salários dignos e democracia. Mesmo assim, Nicolau II jogou a Rússia numa guerra mundial. Os gastos com a guerra e os prejuízos fizeram aumentar ainda mais a insatisfação popular com o czar.

Greves, manifestações e a queda da monarquia

As greves de trabalhadores urbanos e rurais espalham-se pelo território russo. Ocorriam muitas vezes motins dentro do próprio exército russo. As manifestações populares pediam democracia, mais empregos, melhores salários e o fim da monarquia czarista. Em 1917, o governo de Nicolau II foi retirado do poder e assumiria Kerenski (menchevique) como governo provisório.

A Revolução Russa de outubro de 1917

Com Kerenski no poder pouca coisa havia mudado na Rússia. Os bolcheviques, liderados por Lênin, organizaram uma nova revolução que ocorreu em outubro de 1917. Prometendo paz, terra, pão, liberdade e trabalho, Lênin assumiu o governo da Rússia e implantou o socialismo. As terras foram redistribuídas para os trabalhadores do campo, os bancos foram nacionalizados e as fábricas passaram para as mãos dos trabalhadores.

Lênin também retirou seu país da Primeira Guerra Mundial no ano de 1918. Foi instalado o partido único: o PC (Partido Comunista).

A formação da URSS

Após a revolução, foi implantada a URSS ( União das Repúblicas Socialistas Soviéticas). Seguiu-se um período de grande crescimento econômico, principalmente após a NEP ( Nova Política Econômica ). A URSS tornou-se uma grande potência econômica e militar. Mais tarde rivalizaria com os Estados Unidos na chamada Guerra Fria. Porém, após a revolução a situação da população geral e dos trabalhadores pouco mudou no que diz respeito à democracia. O Partido Comunista reprimia qualquer manifestação considerada contrária aos princípios socialistas. A falta de democracia imperava na URSS.

Os líderes da União Soviética durante o regime socialista:

- Vladimir Lenin (8 de novembro de 1917 a 21 de janeiro de 1924)
- Josef Stalin (3 de abril de 1922 a 5 de março de 1953)
- Nikita Khrushchov (7 de setembro de 1953 a 14 de outubro de 1964)
- Leonid Brejnev (14 de outubro de 1964 a 10 de novembro de 1982)
- Iúri Andopov (12 de novembro de 1982 a 9 de fevereiro de 1984)
- Konstantin Chernenko (13 de fevereiro de 1984 a 10 de março de 1985)
- Mikhail Gorbachev (11 de março de 1985 a 24 de agosto de 1991)

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Primeira Guerra Mundial

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A eclosão da guerra

"As causas fundamentais do conflito podem ser resumidas em três palavras: fear, hunger, pride." - Liddell Hart
Ao visitar Saravejo, capital da Bósnia - região anexada ao Império Austro-Húngaro em 1908 - o príncipe herdeiro Francisco Ferdinando terminou sofrendo um atentado que lhe roubou a vida, juntamente com sua esposa, em 28 de junho de 1914. O autor, foi um estudante nacionalista chamado G. Princip, ligado à organização secreta pan-eslavista denominada "Unidade ou Morte" também conhecida como "Mão Negra", com vínculos na Sérvia: rival dos austríacos na disputa pelo controle da região.
A partir de então, os acontecimentos se precipitaram. Em 6 de julho a Alemanha assegura seu apoio incondicional a sua aliada (política de "carta branca"). Alguns dias depois a França renova seus acordos com a Rússia. Em 23 de julho, a Áustria responsabiliza a Sérvia pelo assassinato do príncipe herdeiro enviando um ultimato infamante que, se aceito, liquidaria com a independência do país. Dada a negativa dos sérvios, os austríacos ordenam a mobilização de suas forças armadas. Foi como se um imenso mecanismo político administrativo-militar fosse posto em movimento e ninguém mais poderia controlá-lo. No prazo de uma semana (de 28 de julho a 3 de agosto) todas as potências se mobilizam e entram em conflito (exceção da Itália). Multidões eufóricas invadem as avenidas, ruas e grandes logradouros, num furor patriótico inaudito. O enfastiamento do mundo burguês, acompanhado pelas tensões internacionais, transformou as declarações de guerra numa espécie de catarse coletiva: como disse um jovem "É preferível a guerra a esta eterna espera".

Os planos da guerra

Há muito tempo os alemães esperavam ter que travar uma guerra em dois frontes: um no Ocidente, contra a França (e remotamente contra a Inglaterra) e outro no Oriente, contra o Império Russo. Seu grande estrategista foi o conde Von Chlieffen, Chefe de Estado-Maior alemão (1891-1908) que se inspirou na batalha de Canas - onde o general cartaginês Anibal massacrou as legiões romanas com uma ampla manobra de envolvimento pela ala direita, em 216 a.C. O PLANO SCHLIEFFEN previa um poderoso ataque sobre o Ocidente, passando pelo território belga atingindo o coração político e econômico da França. Após feri-la mortalmente, os alemães carregariam suas energias contra os russos. Contavam para tanto com a utilização de seu excelente parque ferroviário, sua tecnologia e seus recursos humanos superiores aos dos franceses (a capacidade de mobilização dos alemães era de 9.750.000 homens enquanto a dos franceses era de 5.940.00).
Os planos militares franceses sofreram por sua vez uma radical transformação. Durante muito tempo esperavam adotar uma guerra defensiva baseada em contra-ataques dissuasórios. Mas, com ascensão do Gen Joffre à chefia do Estado-Maior em 1912, adotou-se a teoria da OFFENSIVE À OUTRANCE influenciada pelo pensamento do filósofo Henri Bergson divulgador do ÉLAN VITALE. A França deveria recuperar sua vocação histórica que era a ofensiva, determinada pelos exércitos republicanos durante a Revolução Francesa e por Napoleão. Previa-se um forte ataque sobre a região das Ardenas e sobre a Lorena tendo como objetivo atingir o âmago da produção industrial alemã - a região da Renania, ao mesmo tempo que recuperaria os territórios da Alsácia-Lorena, em mãos dos alemães desde 1870. O Plano XVII, segundo Liddell Hart, baseou-se na negação da experiência histórica e no bom-senso, por avaliar equivocadamente o poderio alemão e jogar suas esperanças numa ofensiva direta sobre um inimigo bem fortificado.
A Inglaterra por sua vez, teria uma participação mais modesta. Confiante no poderio de sua esquadra, enviaria um corpo expedicionário para auxiliar uma das alas do exército francês. Sua superioridade naval deixava-a tranquila contra a possibilidade de uma invasão ao mesmo tempo que poderia exercer um bloqueio sobre os fornecimentos de matérias-primas necessárias à Alemanha.
Por último, os russos confiavam no seu enorme e quase que inesgotável potencial humano. Ciente de sua inferioridade técnica e industrial para enfrentar o poderio alemão, contavam superar a qualidade pela quantidade, lançando sobre a Prússia Oriental verdadeiras marés humanas que, se não derrotassem os teutônicos, dariam possibilidade para que seus aliados ocidentais o fizessem. As ambições russas concentrariam-se na região balcânica e na tomada de Constantinopla, velho sonho imperial que lhe daria acesso direto ao Mar Mediterrâneo pois teria o controle dos estreitos (Bósforo e Darnelos).

A guerra no fronte ocidental 1914-1917

A guerra de movimento: na madrugada do dia 4 de agosto de 1914, cinco poderosos e bem equipados exércitos alemães, totalizando um milhão e meio de soldados, penetraram através do território belga, considerado até então neutro. A poderosa ala direita do exército alemão tinha a função de realizar uma ampla manobra de envolvimento, levando de roldão os exércitos franceses estacionados na fronteira franco-belga. Sua distribuição era a seguinte:
AlaAlemãesRegiãoFranceses
Direita750.000Bélgica200.000
Centro400.000Ardenas360.000
esquerda350.000Lorena450.000
Mesmo sendo obrigado a alterar o plano original, o Gen. Von Molke então chefe do Estado-Maior alemão, via que suas tropas estavam obtendo os resultados esperados. Sua superioridade inicial, porém, começou a ser ameaçada pelo engajamento do exército belga e pela chegada do corpo expedicionário britânico, rapidamente desembarcado na região. Os alemães, que contavam com 80 divisões, teriam que enfrentar 104 das do inimigo. Depois de frustrarem as tentativas ofensivas francesas em Mulhouse e na Lorena, ocuparam toda a região que vai das proximidades de Paris a Verdun. Caíram sob seu controle 80% das minas de carvão, quase todos os recursos siderúrgicos e as grandes fábricas do Noroeste francês.
Um grande erro de comunicações entre as tropas do I (von Kluck) e o II Exército (von Bulow) permitiu que os franceses detivessem o ataque sobre sua capital. O Gen. Gallieni, percebeu a falha dos alemães e solicitou reforços de emergência para o Joffre. Deslocados rapidamente pelas vias férreas, as tropas francesas contra-atacaram na região do Rio Marne, entre os dia 6 e 9 de setembro. A BATALHA DO MARNE teve duplo significado, não só salvou a França de uma derrota como alterou as regras da guerra. Todos os Altos Comandos deram-se conta da impossibilidade de se manter a guerra de movimento devido as extraordinárias baixas. Com o fracasso da ofensiva alemã, Molke cedeu seu lugar ao Gen. Von Falkenhayn.

Da guerra de movimento à guerra de trincheiras

Bem poucos generais e políticos haviam se dado conta do mortífero desenvolvimento das armas modernas. Em 1898, um banqueiro de Varsóvia Ivan Bloch - já havia alertado para os terríveis efeitos que as armas de fogo cada vez mais poderosas fariam sobre a infantaria, obrigando esta a refugiar-se em trincheiras ou então estaria sujeita a terríveis massacres. Seu livro "THE FUTURE OF WAR IN ITS TECHNICAL ECONOMIC AND POLITICAL REATION" contemplava a guerra do futuro como enormes sítios em que a fome atuaria como juiz decisivo. O alerta pouco efeito teve sobre os militares e estadistas no período que antecedeu 1914. Pelo contrário, a imensa maioria dos especialistas calculava que o conflito duraria entre 4 a 6 meses no máximo, sendo ridicularizado aquele que predizia durar um ano ou mais. Quando a guerra teve seu início, quase todos os generais estavam apegados as doutrinas novecentistas não computando em seus cálculos os terríveis efeitos da METRALHADORA e da ARTILHARIA PESADA. Esses dois instrumentos tornaram inviáveis os deslocamentos desprotegidos dos bombardeios de GÁS DE MOSTARDA, empregados pela primeira vez pelos alemães em 22 de abril de 1915, assim como do LANÇA-CHAMAS, da AVIAÇÃO e do TANQUE DE GUERRA (utilizado pelos ingleses como arma tática de apoio a infantaria).
Atentado contra Francisco Ferdinando, estopim da Primeira Guerra Mundial
O recuo alemão para regiões mais afastadas de Paris combinou com o surgimento das trincheiras - "os soldados se enterraram para poder sobreviver". No inverno de 1914/5 760 quilômetros delas haviam sido escavados, partindo do canal da mancha até a fronteira suíça. Em alguns pontos, distanciavam-se apenas de 200,300 metros uma da outra, em outros chegavam a quatorze km. Durante os quatro anos seguintes, milhões de homens iriam viver como feras atormentadas pela fome, frio e pelo terror dos bombardeios. Em todas as batalhas que se sucederam, as linhas não se alteraram mais do que 18 quilômetros. Nunca em toda a história militar da humanidade tantos pereceram por tão pouco.

Testemunhos

Dificilmente as palavras conseguem reproduzir todo o horror de uma guerra, mesmo assim recolheu-se material daqueles que puderam deixar seu testemunho em forma de cartas, diários, memórias ou livros. Vamos ouvi-los:

Rápido desencanto com a realidade da guerra

"De repente, uns silvos estridentes nos precipitaram ao chão, apavorados. A rajada acaba de estalar sobre nós. Os homens, de joelhos, encolhidos, com a mochila sobre a cabeça e encurvando as costas, se apegavam uns aos outros. Por baixo da mochila dou uma espiada nos meus vizinhos: arquejantes, sacudidos por tremores nervosos e com a boca contraída numa contração terrível, batiam os dentes e, com a cabeça abaixada, tem o aspecto de condenados oferecendo a cabeça aos carrascos. Esta espera da morte é terrível. O cabo, que havia perdido seu capacete, me diz: rapaz, se soubesse que isso era a guerra e que vai ser assim todos os dias, prefiro que me matem logo. (...) Na sua alegre inconsciência, a maioria dos meus camaradas não havia jamais refletido sobre os horrores da guerra e não viam a batalha senão pelas cores patrióticas: desde nossa saída de Paris, o Boletim do Exército nos conservava na inocente ilusão da guerra ser um passeio e todos acreditavam na história dos boches se renderem aos magotes. (...) A explosão daquele instante, sacudiu nosso sistema nervoso, que não esperava por isso, e nos fez compreender que a luta que começava seria uma prova terrível. Escute meu tenente, parece que se defendem estes porcos!" - Diário do ten. Galtier-Boissière, na frente ocidental em 22 de agosto de 1914.

Sobre um ataque sob fogo da metralhadora e da artilharia

"Na pradaria avança uma companhia de atiradores... os homens dobrados em dois com a mochila nas costas e o fuzil nas mãos, correm pesadamente para jogar-se ao chão e seguir ao primeiro sinal. Um deles para próximo a mim, sua cara de camponês repentinamente transforma-se numa careta dolorosa e, continuando a correr, levanta o braço em cujo extremo esta pendente a mão esfacelada com os dedos atorados pela metade, efeito de uma bala... os homens jogam-se ao solo... o soldado continua dando saltos e ainda escuto seus gritos: "Meu tenente, meu tenente, aonde estás?." - Max Dauville
"Ao atravessarmos o passadiço de Hauont os obuses alemães nos enfilaram e o local encheu-se de cadáveres por todos os lados. Os moribundos, enterrados na lama, nos estertores da agonia, nos pediam água ou suplicam que os matem. A neve segue caindo e a artilharia está causando baixas a casa instante. Quando chegamos ao Marco B não nos sobraram mais do que dezessete homens dos trinta e nove que saíram." - Daguenet ajudante-chefe, Regimento de Infantaria 321.
"Os efeitos produzidos (do bombardeio) são bastante lamentáveis. O recruta recém-chegado recomeça a inquietar-se, sucedendo o mesmo com os outros dois. Um deles escapa, desaparecendo a correr. Os dois outros nos dão trabalho. Precipito-me atrás do fugitivo sem sabem se lhe devo dar um tiro nas pernas. Ouço neste momento um assobio; deito-me no chão e quando me levanto vejo a parede da trincheira coberta de estilhaços de obus, ensanguentada por pedaços de carne e de restos de uniforme. Volto para o nosso abrigo." - E. M. Remarque, pág. 116.

Uma comovente impressão sobre um grupo sobrevivente

"Apareceram primeiro uns esqueletos de companhia, conduzidos as vezes por um oficial sobrevivente que se apoiava num bastão; todos andavam, ou melhor avançavam passo a passo, com os joelhos dobrados, inclinados sobre si mesmos e cambalhando como se estivessem bêbados (...) iam com a cabeça baixa, o olhar sombrio, encurvados pelo peso da mochila e do fuzil. A cor de seus rostos não se diferenciava dos capotes, de tal maneira estavam cobertos e recobertos de barro seco; os uniformes com a pele, estavam totalmente incrustados desse barro. Os automóveis precipitavam-se com seus roncos em colunas cerradas esparramando esta lamentável maré de sobreviventes da grande hecatombe, mas eles não diziam nada, nem sequer gemiam porque haviam perdido a força inclusive para queixar-se. Quando esses forçados da guerra levantavam a cabeça para os telhados da aldeia se admirava neles, em seus olhares, um incrível abismo de dor e, neste gesto, suas expressões pareciam fixadas pelo pó e tensos pelo sofrimento, parecia que esses rostos mudos gritavam alguma coisa aterradora: o horror incrível do seu martírio. Alguns soldados da segunda reserva que os estavam olhando ao meu lado, permaneciam pensativos e dois deles choravam em silêncio..." - Gaudy, subtenente, preparando-se para a substituição na batalha de Verdun em 1916.

Cenas dantescas

"O odor fétido nos penetra garganta a dentro ao chegarmos na nossa nova trincheira, a direita dos Esparges. Chove torrencialmente e nos protegemos com o que tem de lonas e tendas de campanha afiançadas nos muros da trincheira. Ao amanhecer do dia seguinte constatamos estarrecidos que nossas trincheiras estavam feitas sobre um montão de cadáveres e que as lonas que nossos predecessores haviam colocado estavam para ocultar da vista os corpos e restos humanos que ali haviam." - Raymond Naegelen, na região de Champagne.
"Desenterro um poilu do 270, foi fácil tirá-lo. Há todavia vários soterrados que gritam: os alemães devem ouvi-los porque metralham. Não é possível trabalhar em pé e por um momento tenho vontade de fugir, mas na verdade não posso deixar assim meus camaradas... tento desprender o velho Mazé, que segue gritando: mas quanto mais terra eu tiro, mais afunda: consigo desenterrá-lo por fim até o peito e pode respirar melhor; vou então socorrer um homem do 270 que grita também, mas debilmente, e consigo livrar-lhe a cabaça até o pescoço, enquanto ele chora e suplica que não lhe deixe ali. Estão faltando outros dois, mas não escuto nada e volto a cavar para desenterrar suas cabeças. Então me dou conta que estão mortos. Tonteio um pouco porque estou esgotado; o bombardeio continua." - Gustavo Hefer, 28º Regimento de Infantaria.
"Pela manhã, quando ainda está escuro, há um momento de emoção: pela entrada do nosso abrigo precipita-se uma turba de ratos fugitivos, que trepam por toda a parte a longo das paredes. As lâmpadas de algibeira alumiam este túmulo. Toda a gente grita, pragueja e bate nos ratos. Descarregam-se, assim, a raiva e o desespero acumulados durante numerosas horas. As caras estão crispadas, os braços ferem, os animais dão gritos penetrantes e temos dificuldades em parar, pois estávamos prestes a assaltar-nos mutuamente." - E. M. Remarque, pág. 113.

Da sensação de desumanização

"Perdemos todo o sentimento de solidariedade. Mal nos reconhecemos quando a nossa imagem de outrora cai debaixo do nosso olhar de fera perseguida. Somos mortos insensíveis que, por um estratagema e um encantamento perigoso, podemos ainda correr e matar." - E. M. Remarque, pág. 121.
"Durante mais de uma hora, antes que alguém fale, ficamos estendidos, arquejantes, descansando. Estamos de tal forma esgotados que, apesar da acuidade da nossa fome, não pensamos nas conversas. Só a pouco e pouco tornamos a ser, pouco mais ou menos, seres humanos." - E. M. Remarque, pág. 123.

A guerra de desgaste e o bloqueio naval

No ano de 1915, os franceses (na Champanha) e os ingleses (em Ypres) tentam inutilmente romper as linhas alemãs. A guerra havia chegado a um impasse, pois ambos os lados eram suficientemente fortes para não serem derrotados. Devido as características da guerra de trincheiras, o elemento tático que um ataque de surpresa proporciona, tornou-se inoperante. A necessidade de concentrar fogo de artilharia durante dias inteiros para poder abalar as primeiras linhas do inimigo, alertava este da iminência do ataque. Deslocava então suas forças para a região ameaçada e terminava por deter a ofensiva. No primeiro semestre de 1916 (21 de fevereiro/21 de julho) foi a vez dos alemães tentarem romper com as fortificações francesas em torno de Verdun. Comandados por Falkenhayn, lançaram-se com uma cobertura menor de artilharia que a usualmente utilizada. Os franceses conseguiram deter o poderoso ataque. Em pouco mais de cinco meses, os alemães tiveram baixas de 336 mil soldados enquanto seus inimigos, 362 mil. Foi a mais sangrenta batalha da Primeira Guerra Mundial, tornando célebre a determinação da infantaria gaulesa - "NE PASSERON PAS"; eles não passarão!
Os aliados, depois do fracasso alemão em Verdun, tentam por sua vez afasta-los de suas posições na região do Somme. De 24 de junho a 26 de novembro de 1916, os anglo-franceses tentam romper as linhas alemãs e um novo fracasso se repete, com perdas assombrosas.

Batalhas

Batalha de Verdun Fev/Ago de 1916

Perdas francesasMêsPerdas alemãs
24.000Fev25.363
65.000Mar56.244
42.000Abr38.299
59.000Mai54.309
67.000Jun51.567
31.000Jul25.969
27.000Ago30.572
315.000TOTAL 282.323

Batalha do Somme Jul/Nov de 1916

Perdas aliadosMêsPerdas alemãs
208.645Jul103.000
76.891Ago68.000
175.460Set140.400
95.348Out78.500
59.913Nov45.000
623.907TOTAL500.000
Fonte: Alistair Horne; Verdun e Sommer, In Hist do Sec 20
Dada a impossibilidade de dobrar o inimigo por batalhas terrestres, os ingleses trataram de bloquear as ligações marítimas dos alemães. Esses, decretam então a guerra submarina. Em maio de 1915, afundam o transatlântico "Lusitânia" onde perecem 120 cidadãos americanos, fazendo com que a opinião pública nos Estados Unidos se volte contra a Alemanha. No ano de 1916, intensificam a guerra comercial ordenando o afundamento sumário inclusive de navios neutros que se aproximem do litoral britânico. Essa medida terminará por levar o Presidente W. Wilson a declarar guerra à Alemanha em 6 de abril de 1917, e à Austria-Hungria em 7 de dezembro do mesmo ano.
Perdas da Marinha Mercante Inglesa (Tons)
19141915191619171918Total
241.201855.7211.237.6343.729.7851.694.7497.759.090
Fonte: Cap. S. W. Roskill, in História do Séc. XX (número 30).

Perdas da marinha mercante

Potências aliadas e neutras
Grã-Bretanha7.756.659
Noruega1.177.001
França888.783
Itália846.333
E.U.A394.658
Outros Países1.680.240
Perdas Totais12.743.674

Potências centrais
Alemanha187.340
Turquia61.470
Austria-Hungria15.166
Perdas Totais263.976
Fonte: Cap. S. W. Roskill in História do séc XX (número 30).

A guerra no fronte oriental

Tanques introduzidos pelo exército britânico pela primeira vez em uma guerra
Aproveitando-se da intenção dos alemães em atacarem o Ocidente, os russos, antes que a mobilização total estivesse completada, iniciaram uma poderosa ofensiva sobre a Prússia Oriental. Depois de obterem uma vitória em Gubinnen penetraram na direção dos Lagos Masurianos e da cidade de Tannemberg. A rapidez da ofensiva, obrigou os alemães a retiraram tropas do fronte francês e rapidamente recambiá-las para a Prússia. Refeitos do impacto das primeiras derrotas, os alemães sob comando de . Hindemburg e de seu chefe do Estado-Maior luddendorf passaram para a contra-ofensiva. O IIº Exército Russo sob comando do Gen. Samsonov, foi cercado e batido em TANNEMBERG e o Iº Exército Russo, liderado pelo Gen. Rennenkapf foi destroçado na BATALHA DOS LAGOS MASURIANOS. A oportunidade da Rússia vencer a guerra no Oriente foi definitivamente perdida. No ano seguinte, em 1915, os exércitos austro-alemães ocupam a Polônia Ocidental e Varsóvia cai em 5 de agosto. As sucessivas e desastrosas derrotas do Exército russo terminam por levar o Czar Nicolau II a assumir o comando geral do Exército. Mas a crise era muito mais ampla do que a simples troca de comandos ineficientes ou incompetentes, era toda a estrutura político-administrativa e industrial do país que começou a ruir.
Num esforço inaudito, os russos tentam uma grande ofensiva na região da Galicia - a OFENSIVA BRUSILOV - na qual depositam imensas confianças. Depois de destroçar alguns exércitos austríacos a ofensiva emperra. Não havia apoio logístico, nem reservas para explorar as vantagens iniciais. O fracasso de Brusilov dá início a uma corrosiva desmoralização dos soldados russos. Em 1917, os austro-alemães empurram vigorosamente o Exército russo para suas fronteiras naturais. Os Estados bálticos caem sob seu controle, colocando a capital do país, Petrogrado, ao alcance das tropas alemãs. Em março de 1917, depois de grandes manifestações de massa acompanhadas de ondas de greve, o regime de Nicolau II é deposto. O Governo Provisório, liderado por Kerenski ainda tenta infrutíferas investidas contra os alemães, até ser finalmente deposto pelo golpe de estado bolchevique. A Rússia retira-se da guerra pelo TRATADO DE BREST-LITOVSK, onde Lenin faz enormes concessões territoriais (3 de março de 1918). Os alemães no entanto, não podem mais tirar proveito de suas tropas que combateram no Oriente. Mesmo com sua transferência maciça para o fronte Ocidental, teriam agora que se defrontar com as recém-chegadas tropas americanas cujas reservas humanas eram infindáveis.

As frentes secundárias

Itália e Bálcãs: inicialmente comprometida em lutar com o aliado das Potências Centrais, a Itália adota uma posição neutra. Sabe-se no entanto, que havia assinado um acordo secreto com a Inglaterra para poder preservar seu império colonial. Em maio de 1915, os italianos resolvem declarar guerra a seus antigos aliados. Os exércitos italianos realizam sua ofensiva no fronte Nordeste, onde combatem os austríacos na região do rio Isonzo. De junho de 1915 a setembro de 1916 travam onze batalhas e avançam apenas 11 quilômetros com perdas terríveis. Em outubro de 1917, os Impérios Centrais numa operação conjugada derrotam os italianos na BATALHA DE CAPORETTO, que se tornou o maior desastre militar da Itália. Quatrocentos mil soldados abandonam suas posições e 250 mil rendem-se para os alemães e os austríacos, obrigando os italianos a fortificarem-se no rio Piave. No ano de 1918, retomarão a ofensiva recuperando parte do território perdido. A Sérvia, que havia resistido as primeiras ofensivas dos austríacos no segundo semestre de 1914, termina por ocupada pelos alemães e búlgaros no ano seguinte. A derrota da Sérvia, provocou o êxodo da população pelas montanhas da Albânia, sob terrível temperatura. Os poucos sobreviventes foram recolhidos pela esquerda inglesa e transportados para a Grécia.
Turquia e Oriente Médio: os aliados ocidentais preparam um desembarque de tropas na península de Galípoli, em 25 de abril de 1915. Seu objetivo era a ocupação dos estreitos turcos (Bósforo e Darnelos) assim como enfraquecer o flanco das Potências Centrais num ataque indireto. Os turcos depois de uma obstinada resistência fazem com que as forças anglo-francesas sejam obrigadas a retirar-se (9 de janeiro de 1916). No Oriente Médio, dominado parcialmente pelos otomanos, a situação se deteriora. Os ingleses estimulam levantes árabes. Destaca-se nesse papel o oficial Lawrence da Arábia. As guerrilhas árabes terminam por enfraquecer as posições turcas na região da Palestina e Cisjordância, facilitando a ofensiva britânica do Gen. Allenby, que ocupa Jerusalém e Damasco. Na Mesopotamia, depois do desastre inglês de Kutel-Amara, retornam a ofensiva e Bagda é ocupada em março de 1917. No após guerra a região é partilhada entre Franceses (Líbano e Síria) e Ingleses (Palestina, Jordânia e Iraque).

O fim da guerra

A Revolução de março de 1917, foi o sinal de alerta para as classes dirigentes europeias apressarem o término da matança. Neste mesmo ano eclodiram vários motins no exército francês seno sufocados pelo Gen. Petain. Na Alemanha eclodem motins na esquadra em Kiel. O recrudescimento dos protestos e greves contra os regimes vigentes poderiam evoluir rapidamente para a Revolução. O desejo de uma paz imediata contaminou a todos.

Os "14 Pontos do Presidente Wilson"

Em mensagem enviada ao Congresso americano em 8 de janeiro de 1918, o Presidente Wilson sumariou sua plataforma para a Paz que concebia:
1) "acordos públicos, negociados publicamente", ou seja a abolição da diplomacia secreta;
2) liberdade dos mares;
3) eliminação das barriras econômicas entre as nações;
4) limitação dos armamentos nacionais "ao nível mínimo compatível com a segurança";
5) ajuste imparcial das pretensões coloniais, tendo em vista os interesses dos povos atingidos por elas;
6) evacuação da Rússia;
7) restauração da independência da Bélgica;
8) restituição da Alsácia e da Lorena à França;
9) reajustamento das fronteiras italianas, "seguindo linhas divisórias de nacionalidade claramente reconhecíveis";
10) desenvolvimento autônomo dos povos da Áutria-Hungria;
11) restauração da Romênia, da Sérvia e do Montenegro, com acesso ao mar para Sérvia;
12) desenvolvimento autônomo dos povos da Turquia, sendo os estreitos que ligam o Mar Negro ao Mediterrâneo "abertos permanentemente";
13) uma Polônia independente, "habitada por populações indiscutivelmente polonesas" e com acesso para o mar; e
14) uma Liga das Nações, órgão internacional que evitaria novos conflitos atuando como árbitro nas contendas entre os países. Os "14 pontos" não previam nenhuma séria sanção para com os derrotados, abraçando a ideia de uma Paz "sem vencedores nem vencidos". No terreno prático, poucas propostas de Wilson foram aplicadas, pois o desejo de uma "vendetta" por parte da Inglaterra e principalmente da França prevaleceram sobre as intenções americanas.

O Armistício

Ofensiva dos exércitos aliados em Argonne (última fase da Primeira Guerra Mundial)
Em março de 1918, os alemães tentaram um último e desesperado esforço para romper a linha dos aliados antes que a presença das tropas americanas tornassem inviável a vitória. Mas a Alemanha já se encontrava exangue. Os quatro anos de guerra haviam-lhe retirado a flor da juventude masculina enquanto a população civil encontrava-se atormentada pela fome e inanição - resultado do bloqueio naval aliado. Em julho de 1918, ingleses, franceses e americano desferem sucessivos golpes sobre as divisões alemãs as obrigando a recuar até a fronteira belga. O Alto-Comando alemão - Hindemburg e Ludendorf aconselham o governo a solicitar um armistício. Em Berlim e demais cidades, multidões realizam manifestações contra o Kaiser, que em 10 de novembro embarca para seu exílio holandês. A velha monarquia dos Hoenzollers deixou de existir, sendo substituída pela República de Neimar. No dia seguinte, 11 de novembro, dois delegados republicanos encontram-se na FLORESTA DE COMPIÈGNE com o Marechal Foch e assinam os documentos que punham termo oficialmente à guerra. O massacre e destruição tinham finalmente chegado ao fim, mas o Velho Mundo nunca mais se recuperou.
Baixas entre as oito potências - 1914/1918

Países Mobilizados entre 1914-11918 (em milhões) Mortos Feridos % de mortos, inválidos ou feridos em relação ao total mobilizado

França8.410 1.35 3.5s 60
Grã-Bretanha8 0.95 2 37
Itália5.250 0.5 ? -
Estados Unidos4 0.1 ? -
Rússia2.3 ? -
Alemanha13 1.6 4 41
Austria-Hungria9 1.45 2 38
Turquia0.4 ? -
Fonte: M. Ferro, pág. 380.

Apêndice

Índice de progressão das 4 principais potências europeias entre 1900 e 1905 - (base 100 em 1881/5):
AlemanhaFrançaGrã-BretanhaRússia
População125105123132
Produção carvão189126122266
Produção fundição182131106300
Produção trigo1318610292
Comércio exterior153106118138
11.202.162.8417.12
Fonte: R. Girault - Diplomatie Européenne et impecialismo (p. 145).
Ilustração

A Primeira Guerra Mundial (1914-1918)

História da Primeira Guerra Mundial, antecedentes, conflitos econômicos, concorrência industrial e comercial, Tríplice Aliança e Tríplice Entente, as trincheiras, participação das mulheres, novas tecnologias, Tratado de Versalhes, conseqüências, resumo
avião da primeira guerra mundial
Avião de combate da Primeira Guerra Mundial
AntecedentesVários problemas atingiam as principais nações européias no início do século XX. O século anterior havia deixado feridas difíceis de curar. Alguns países estavam extremamente descontentes com a partilha da Ásia e da África, ocorrida no final do século XIX. Alemanha e Itália, por exemplo, haviam ficado de fora no processo neocolonial. Enquanto isso, França e Inglaterra podiam explorar diversas colônias, ricas em matérias-primas e com um grande mercado consumidor. A insatisfação da Itália e da Alemanha, neste contexto, pode ser considerada uma das causas da Grande Guerra.
Vale lembrar também que no início do século XX havia uma forte concorrência comercial entre os países europeus, principalmente na disputa pelos mercados consumidores. Esta concorrência gerou vários conflitos de interesses entre as nações. Ao mesmo tempo, os países estavam empenhados numa rápida corrida armamentista, já como uma maneira de se protegerem, ou atacarem, no futuro próximo. Esta corrida bélica gerava um clima de apreensão e medo entre os países, onde um tentava se armar mais do que o outro.
Existia também, entre duas nações poderosas da época, uma rivalidade muito grande. A França havia perdido, no final do século XIX, a região da Alsácia-Lorena para a Alemanha, durante a Guerra Franco Prussiana. O revanchismo francês estava no ar, e os franceses esperando uma oportunidade para retomar a rica região perdida.
O pan-germanismo e o pan-eslavismo também influenciou e aumentou o estado de alerta na Europa. Havia uma forte vontade nacionalista dos germânicos em unir, em apenas uma nação, todos os países de origem germânica. O mesmo acontecia com os países eslavos.
O início da Grande Guerra
O estopim deste conflito foi o assassinato de Francisco Ferdinando, príncipe do império austro-húngaro, durante sua visita a Saravejo (Bósnia-Herzegovina). As investigações levaram ao criminoso, um jovem integrante de um grupo Sérvio chamado mão-negra, contrário a influência da Áustria-Hungria na região dos Balcãs. O império austro-húngaro não aceitou as medidas tomadas pela Sérvia com relação ao crime e, no dia 28 de julho de 1914, declarou guerra à Servia.
Política de Alianças
Os países europeus começaram a fazer alianças políticas e militares desde o final do século XIX. Durante o conflito mundial estas alianças permaneceram. De um lado havia a Tríplice Aliança formada em 1882 por Itália, Império Austro-Húngaro e Alemanha ( a Itália passou para a outra aliança em 1915). Do outro lado a Tríplice Entente, formada em 1907, com a participação de França, Rússia e Reino Unido.
O Brasil também participou, enviando para os campos de batalha enfermeiros e medicamentos para ajudar os países da Tríplice Entente.
Desenvolvimento. 
As batalhas desenvolveram-se principalmente em trincheiras. Os soldados ficavam, muitas vezes, centenas de dias entrincheirados, lutando pela conquista de pequenos pedaços de território. A fome e as doenças também eram os inimigos destes guerreiros. Nos combates também houve a utilização de novas tecnologias bélicas como, por exemplo, tanques de guerra e aviões. Enquanto os homens lutavam nas trincheiras, as mulheres trabalhavam nas indústrias bélicas como empregadas.
Fim do conflito
Em 1917 ocorreu um fato histórico de extrema importância : a entrada dos Estados Unidos no conflito. Os EUA entraram ao lado da Tríplice Entente, pois havia acordos comerciais a defender, principalmente com Inglaterra e França. Este fato marcou a vitória da Entente, forçando os países da Aliança a assinarem a rendição. Os derrotados tiveram ainda que assinar o Tratado de Versalhes que impunha a estes países fortes restrições e punições. A Alemanha teve seu exército reduzido, sua indústria bélica controlada,  perdeu a região do corredor polonês, teve que devolver à França a região da Alsácia Lorena, além de ter que pagar os prejuízos da guerra dos países vencedores. O Tratado de Versalhes teve repercussões na Alemanha, influenciando o início da Segunda Guerra Mundial.
A guerra gerou aproximadamente 10 milhões de mortos, o triplo de feridos, arrasou campos agrícolas, destruiu indústrias, além de gerar grandes prejuízos econômicos.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Painel solar híbrido gera água quente e eletricidade

Solar
Ilustração: Cortesia de Ed Hayward/Boston College
Por Nic Halverson
Quinta, 6 de maio de 2011
Apesar de os painéis térmicos solares serem adequados para acionar duchas quentes, sua capacidade de manter as luzes acesas sempre foi limitada. 
Atualmente, os painéis solares térmicos planos absorvem a luz do sol tanto para aquecer a água como para gerar energia térmica, mas não produzem muita eletricidade.
Entretando, pesquisadores do Boston College e do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) divulgaram recentemente que a introdução de inovações poderia aumentar a eficiência destes painéis em sete ou oito vezes, além de gerar uma quantidade significativa de eletricidade. 
Primeiro, a equipe de pesquisadores criou uma superfície que absorve melhor a luz feita de um material nanoestruturado. Em seguida, colocaram o material dentro de uma espécie de “armadilha” que aprisiona a energia, um painel plano selado a vácuo. 
Ao combinar as duas inovações, os cientistas conseguiram capacidade de geração elétrica do painel, declarou Zhifeng Ren, professor de física do Boston College e co-autor do estudo publicado no periódico Nature Materials.
"Desenvolvemos um painel híbrido que é capaz de gerar água quente e eletricidade no próprio sistema”, explicou Ren. "A capacidade de gerar eletricidade aprimorando a tecnologia existente a um custo mínimo é o que torna este sistema sustentável”.
Os novos avanços prometem soluções menos dispendiosas para converter a energia solar em eletricidade. Segundo Ren, isso pode gerar um grande impacto sobre os mercados de energia limpa para fins residenciais e industriais.
"As tecnologias solares térmicas existentes fazem um bom trabalho gerando água quente. Já o produto novo irá gerar tanto água quente como eletricidade”, assegurou Ren. “Devido à nova capacidade de gerar eletricidade valiosa, o sistema promete um retorno rápido aos usuários. Esta nova tecnologia pode reduzir o tempo de recuperação do investimento em um terço”.